A SRA. ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB – BA. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, gostaria de parabenizar a Universidade Federal da Bahia, à qual devo a minha formação. Ela tirou nota 5, a nota máxima, o conceito máximo no recredenciamento institucional junto ao Ministério da Educação. Na escala de 1 a 5, a universidade teve a sua nota máxima, garantindo assim, pela primeira vez, esse conceito atribuído a notas que são dadas às instituições federais de ensino superior. Quero parabenizar o Reitor Paulo Miguez, todo o conselho superior da universidade, as entidades que compõem a representação da comunidade universitária, porque, afinal de contas, a universidade é uma caixa de ressonância do que ocorre na sociedade e é, acima de tudo, um espaço de inovação, de ciência, de cultura. Longe de ser um espaço de balbúrdia, a universidade é um espaço de construção de ciência e de conhecimento. Parabéns à minha Universidade Federal da Bahia, onde, com muito orgulho, eu me tornei farmacêutica bioquímica em seu hospital universitário, do setor de pesquisa, que, sem dúvida, honra a Bahia com os quadros que colocou na sociedade para atender melhor à sociedade baiana. Sr. Presidente, ainda neste espaço de tempo, venho com um assunto baiano. Quero me solidarizar com toda a comunidade do Município de Simões Filho, em especial com o Quilombo Pitanga dos Palmares, que perdeu, na última sexta-feira, a sua líder quilombola, a sua mãe do culto afro-brasileiro, a Mãe Bernadete, que, com mais de 15 tiros, foi abatida numa execução, que, infelizmente, segue a execução de um filho seu, em 2017, Binho do Quilombo. As possibilidades estão sendo estudadas. É guerra territorial? É disputa pela terra em função de o quilombo estar instalado com as diversas famílias em uma área onde ainda há madeiras nobres em Simões Filho? É intolerância? É racismo religioso? Com certeza, esse componente está posto. É o quê? Apenas assalto? Latrocínio? A Polícia da Bahia, ao lado da Polícia Federal, está fazendo as investigações, e nós esperamos rapidez na apuração e punição exemplar aos mandantes e executores da líder quilombola, que era da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas e que já vinha sendo guardada pelo programa de proteção às testemunhas e vítimas de violência. Há câmeras que eu espero que tenham realmente coletado imagens dos assassinos, dos executores que infelizmente tiraram do nosso convívio Mãe Bernadete. Cobro as investigações e me solidarizo com toda a Simões Filho, em especial com a comunidade do Quilombo Pitanga dos Palmares. Muito obrigada, Sr. Presidente.