A SRA. DAIANA SANTOS (Bloco/PCdoB – RS. Sem revisão da oradora.) – Presidente, colegas, eu subo a esta tribuna para falar, mais uma vez, de um absurdo que vem ocorrendo: no mês em que celebramos o orgulho e a visibilidade lésbica, eu recebo, no meu e-mail institucional, uma ameaça de morte junto com uma ameaça de estupro corretivo. Eu quero deixar bem registrado que não existe correção para aquilo que não é erro, que não existe cura para o que não é doença. Eu não fui a única a receber essa covardia. A Deputada Rosa Amorim, a Deputada Bella, a Vereadora Mônica Benício, do Rio de Janeiro, e mais duas Vereadoras de Minas Gerais também receberam essa covardia em forma de ameaça. Deixo aqui registrado, como a primeira mulher lésbica que chega a esta Casa, que não vai haver recuo, que não vai haver retrocesso. Nós chegamos aqui não foi por uma pauta identitária, mas por trazermos a necessidade da vida concreta de uma parcela significativa da população, que não vai se curvar diante de ameaça. Deixo registrado que isso não vai me fazer recuar na minha atuação política, isso não vai me fazer recuar nas minhas posições. Isso é uma covardia daqueles que se utilizam da Internet para atacar projetos políticos que falam da sociedade brasileira, projetos que estão definitivamente em todas as áreas. Não aceitaremos esse retrocesso! Não aceitaremos essas covardias! Registro, mais uma vez, no mês da visibilidade e do orgulho lésbico: aqui há uma mulher orgulhosa de ser quem é, que não vai se curvar diante dessa ameaça, que não vai ser curvar diante dessa covardia, desse ódio que opera contra a diversidade e a pluralidade da população brasileira. Nós existimos e resistiremos. Não vamos nos curvar. Entendam! Digo a vocês que só se utilizam dessa forma baixa e rasa de fazer ataque: não terá mais volta! Nossas famílias existem! Nós existimos! Não vamos nos curvar! Pela diversidade da população brasileira, pela pluralidade de quem nós somos e pelo orgulho de ser uma mulher sapatão, entendam que não terá mais volta! Não há ameaça que vá nos retirar desses espaços de construção política, porque foi legitimamente que chegamos até aqui!