O SR. ALFREDINHO (Bloco/PT – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu vim aqui falar sobre uma série de mentiras. É gozado que esse povo que usa as redes sociais como forma de propagar fake news inventa uma série de coisas que não é verdade. Não se está discutindo a volta de imposto sindical. Está se discutindo, sim, taxa negocial, tema do qual eu mesmo, como sindicalista, já tratei. E ela é discutida em assembleia, onde os trabalhadores debatem se querem pagá-la ou não. E, depois de aprovada, aí sim é cobrada. Eu não moro em prédio, mas o que acontece num condomínio, quando se tem que pagar uma taxa a mais? Não há uma assembleia de moradores, e lá os moradores debatem se se tem que fazer uma obra, um conserto e qual é o valor, e esse valor não é dividido entre os moradores? Então não existe volta de imposto sindical. Aliás, eu vi um Deputado aqui chamando o trabalhador de vagabundo. Quando se ofende o sindicato, está se ofendendo os trabalhadores, porque o sindicalista representa os trabalhadores. É esse o tipo de baixaria que vemos numa Casa como esta. Há Deputado que é eleito no Estado e, ao chegar aqui, para alimentar suas redes sociais e agradar os milhões de seguidores, faz esse tipo de baixaria, chamando sindicalista de vagabundo. Eu fui sindicalista e nunca fui vagabundo, Deputado. Pelo contrário, trabalhei, e trabalhei muito, até mais do que alguns Deputados aqui aliás, muito mais! Portanto, esta é uma discussão que está sendo feita porque o sindicato… Onde há democracia é preciso haver sindicato forte. Onde há democracia, o sindicato é forte. E assim é numa igreja. Quem sustenta a igreja? Não são as pessoas que participam da igreja, com doações, com dízimos? Por que o trabalhador não pode contribuir para o seu sindicato? Qual é o crime nisso? Como é que se financia a luta? Qualquer tipo de luta se financia pagando. E quem tem que pagar e financiar a luta são os próprios trabalhadores. E a taxa negocial não vale só para os sindicatos de trabalhadores; ela vale também para os sindicatos das empresas. Então, eu faço este debate com muita tranquilidade, sem nenhum tipo de medo, porque sei que ele é democrático. Eu já discuti em fábrica, e já aprovamos taxa negocial por várias e várias vezes, debatendo com os trabalhadores. Sr. Presidente, eu peço que o meu pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos demais órgãos de comunicação da Casa.