O SR. EDUARDO BOLSONARO (PL – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o que eu vou falar aqui diz respeito a todo mundo que trabalha. Se você que está me assistindo trabalha, chegou a hora da picanha do PT para você. Para não dizerem que é fake news de site bolsonarista, extremista, ultradireitista, eu vou usar uma plataforma muito isenta aqui chamada jornal O Globo, que traz hoje, prezado Mauricio, essa notícia. O SR. CABO GILBERTO SILVA (PL – PB) – Assessoria oficial do Governo. O SR. EDUARDO BOLSONARO (PL – SP) – Assessoria oficial do Governo. Bem lembrado, Cabo Gilberto. Exatamente. Diz o referido jornal: Ministério do Trabalho quer novo imposto sindical obrigatório de até o triplo do extinto. A galera está com fome. O dinheiro ficou no bolso do trabalhador, que é quem trabalha e rala, e eles agora querem reverter essa situação, de forma retroativa, porque três vezes mais é para tirar as bernes que estavam na vaca. Afinal, a vaca estava magra no tempo do Bolsonaro, as bernes já não conseguiam mais chupar ali o suor do trabalhador. Vejam só, em 2017, prezado Deputado Mauricio do Vôlei, de Minas Gerais, enquanto a contribuição sindical era obrigatória, os sindicatos arrecadavam 3 bilhões e 600 milhões de reais todos os anos, prezado Deputado Medeiros. Quando passou a não ser obrigatório, ou seja, paga quem quer, houve uma queda de 98% da contribuição sindical. O pessoal estava passando fome com apenas 68 milhões de reais todos os anos. Mas o Governo do PT é o Governo da democracia, e nós não podemos esquecer isso, Deputado Capitão Alberto Neto. É tudo com muito amor e muita democracia. Disse o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho: “Não existe mais imposto sindical obrigatório. Mas uma democracia precisa ter um sindicato forte. O que está em debate é criar uma contribuição negociável. Se o sindicato está prestando um serviço, possibilitando um aumento salarial, é justo que o trabalhador não sindicalizado pague a contribuição. Se ele não aceitar pagar a taxa, é só ir à assembleia e votar contra”. É só ir à assembleia e votar contra. Qual é o problema nisso, né!? Aquelas assembleias são maravilhosas, com muita democracia, com os companheiros lá certamente ouvindo os bolsonaristas, num debate franco em meio à nossa democracia. É só você falar que não quer pagar o imposto. Qual é o problema? O Ministro só se esqueceu de falar uma coisa, e se ele falar que é mentira, está se contrapondo ao jornal O Globo. Diz aqui o jornal O Globo: As centrais sindicais explicam que toda vez que uma lista de reivindicações trabalhistas for colocada na mesa de negociação, um dos pontos será a contribuição sindical. Juntamente com os debates sobre percentual de aumento dos salários, vale-refeição e demais direitos vale-transporte, auxílios médicos, etc. , será discutido um valor considerado ideal para o financiamento dos sindicatos. Assim, como todos os pontos da proposta em negociação, a taxa sindical também entrará em votação. Se todos os itens da pauta forem aprovados, menos o valor da contribuição, o pacote do acordo cai, e a negociação recomeça. Sabe o que é isso aqui? É o PT colocando a faca no seu pescoço e lhe chamando para ser cúmplice dos “picanheiros”. Eles vão botar na assembleia o aumento do seu salário, vale-refeição, auxílio médico, vale disso, vale daquilo. Aí você vai dizer: “Beleza! Eu quero aumento do salário, eu quero aumento do vale-refeição”. E quando chegar na hora da contribuição sindical três vezes maior do que a que era cobrada ano passado, se você votar contra, você perde tudo. Muito democrático, muito democrático! Independentemente do que aconteça, conte com o meu voto contrário a essa patifaria aqui, relembrando e dando os parabéns a Paulo Eduardo Martins, que foi o Relator da matéria que acabou com o imposto sindical. Muito obrigado, Presidente. O pessoal tem que trabalhar!