O SR. GENERAL GIRÃO (PL – RN. Para discursar. Sem revisão do orador.) – Bom dia. (Pausa.) Bom dia, pessoal! (Manifestação no plenário: Bom dia!) Agora sim! Eu começo as minhas palavras fazendo uma referência ao meu irmão Senador Izalci, também ao meu irmão e camarada de farda General e Senador Hamilton Mourão. Dependendo do ângulo que olham, os senhores me veem de que lado? Podem responder! (Manifestação no plenário: Direito!) Direito! Ah, é muito bom! Eu gosto sempre de estar à direita, apesar de ter saído da mesa e caminhado para o lado contrário da direita. (Risos.) Brincadeiras à parte e considerando que os senhores já foram cumprimentados, eu gostaria de cumprimentar os demais irmãos, o Sapientíssimo Irmão Adalberto Aluízio Eyng e mandar um forte abraço ao nosso irmão Aldemir. Eu queria pedir inclusive, se possível, uma salva de palmas ao nosso irmão Aldemir pela passagem da sua genitora. (O Plenário presta a homenagem solicitada.) O SR. GENERAL GIRÃO (PL – RN) – Certamente, ele está recebendo essa salva de palmas agora. Também gostaria de cumprimentar o Eminente Irmão Edilson, nosso companheiro de Mesa, e também o Sereníssimo Irmão Cristian Adrian Flores Maldonado. Gostaria também de cumprimentar o meu irmão Noronha, que chegou e está ali mais ou menos camuflado. Também gostaria de cumprimentar as cunhadas, as sobrinhas, os sobrinhos e os apejotistas aqui presentes e o irmão Ballouk, que chegou para participar também da nossa sessão. E cumprimento o meu padrinho de maçonaria, o irmão Raul Sturari, que foi o grande irresponsável pelo meu ingresso na maçonaria há mais de 30 anos, em 1991. É muito tempo! São 32 anos de maçonaria. Quero dizer a cada um dos senhores e a cada uma das senhoras aqui presentes que é muito bom estarmos entre irmãos. É muito bom estarem os irmãos reunidos, em união. Isso é o que representa o dia de hoje para nós. Alguém escreveu este pronunciamento para mim. Eu procurei mexer em algumas coisas, mas realmente o tempo às vezes nos trai. Então, eu vou tentar seguir mais ou menos o que está escrito aqui. A maçonaria não é uma religião, não é um partido político, tampouco um clube social. A maçonaria é a união de homens livres e de bons costumes, uma sociedade filosófica, filantrópica, iniciática, universal. Suas oficinas, chamadas de lojas, são encontradas nos cinco continentes do planeta Terra. É bom dizer isso aqui, porque eu sei que há pessoas nos assistindo pelo Youtube, pela nossa live e também pela TV Senado e pela TV Câmara. No Brasil, foi estabelecido o dia 20 de agosto como o Dia do Maçom. Eu não vou ser repetitivo aqui. Já foram citados os nomes das principais autoridades que construíram o nosso passado, deram força ao nosso presente e esperam que nós possamos continuar garantindo o futuro da maçonaria e do Brasil, um futuro livre e independente de um país senhor do seu próprio destino. Nós não precisamos pedir ajudar de nenhum país para nenhum pedaço, nenhum palmo de terra do nosso território nacional. Não é o caso. (Palmas.) Temos uma história de séculos. São mais de 200 anos de história. Temos que preservar essa história. A nossa ordem considera e declara que os homens são livres e iguais em direitos e deveres. Declara ainda que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um. Há valores sagrados como liberdade, respeito e tolerância. Ah, como são importantes esses valores e como estão escassos nos dias de hoje! Nós maçons temos segredos, mas não somos secretos, de maneira nenhuma. Defendemos com vigor a plena liberdade de expressão de pensamento Ah! coisa rara de ser observada nos dias de hoje como um direito fundamental do ser humano e reconhecemos o valor do trabalho como dever social e um direito inalienável. Valorizamos, sim, o trabalho e exigimos nos requerimentos iniciáticos que aqueles que querem pertencer à nossa ordem tenham um trabalho e tenham uma crença em um ser supremo. São valores que defendemos, são landmarks. Exaltamos ainda o mérito e a virtude, como já foi referido pelo irmão Senador Mourão, que disse que devemos levantar templos à virtude e cavar masmorras aos vícios. Por falar em vícios, existe vício pior do que o vício nas drogas, como foi lembrado aqui pelo irmão Izalci? Essa é uma ameaça gravíssima nos dias atuais. E sabem quando é que as drogas mais atormentam a família? Quando ouvimos este barulho: (O orador bate na madeira da tribuna.) A batida na porta. Mas não é a batida na porta pelo lado de fora, meus irmãos, minhas cunhadas e sobrinhas. É a batida na porta pelo lado de dentro, é a batida na porta desesperada, porque a pessoa já está dependente daquela droga e quer sair para conseguir algo mais. A maçonaria tem projetos, sim, contra as drogas, de enfrentamento das drogas. É hora de reavivarmos, de reacendermos essa nossa ação, porque as drogas estão ameaçando, sim, não somente nas ruas e nas casas, mas agora no Congresso Nacional e no Palácio vizinho, onde se quer a sua liberação. Já existe até uma normativa do Conselho Nacional de Saúde promovendo a liberação delas. São absurdos contra os quais temos que lutar. (O orador se emociona.) Desculpem-me a emoção, mas, no ano passado, eu não pude estar presente nesta sessão eu sei que o irmão Senador Izalci a conduziu muito bem , uma sessão do Congresso Nacional realizada no Plenário da Câmara dos Deputados, e foi uma sessão histórica, porque reuniu, sim, várias potências maçônicas, estimulando a união entre os irmãos. Isso não tem preço. E esse é um dos nossos deveres, porque está no Salmo 133 entendam muito bem. É preciso trabalhar incessantemente por essa união e pela mais fraterna articulação das vertentes regulares da maçonaria brasileira, estimulando os irmãos que estão irregulares a se regularizarem, estimulando as potências a aceitarem a regularização de lojas que resolveram sair por uma razão ou outra. Assim foi a cisão de 1927. Temos que promover, sim, a reunião entre nós. O pedreiro é o construtor. Dizem os entendidos em construção que é difícil construir. No entanto, meus irmãos, mais difícil ainda é reconstruir. E nós não podemos aceitar que queiram destruir o nosso País, quebrando princípios e valores cristãos. Nós precisamos, sim, usar todo o sangue disponível no nosso corpo para a defesa desses princípios e valores. Acredito que a maçonaria brasileira, unida, tem um papel fundamental. Eu espero, sinceramente, que as lojas, que os orientes promovam verdadeiras revoluções em seus Estados, em seus orientes, revoluções no bom sentido, procurando conquistar corações e mentes, usando as leis, nunca à margem da lei. Um maçom não pode ser um marginal. Se ele assim se manifestar, que seja convidado a procurar outro espaço na sociedade, não o nosso. Não há lugar para marginais entre nós. Pouco se recorda da maçonaria em tempos não eleitorais, mas nós fazemos questão de valorizar diariamente a história da nossa ordem, estimulando a força da união, na certeza de que a nossa geração de maçons vem desbastando diariamente a sua pedra bruta, sem esquecer-se da solidariedade ao seu irmão e ao próximo, mostrando que podemos, juntos, edificar uma sociedade mais justa e evoluída. Eu gostaria de fazer minhas as palavras que eu vi aqui no vídeo do Grande Oriente do Brasil. A maçonaria precisa estar sempre ao lado do povo, na defesa da justiça e da liberdade. Não existe frase mais bonita e mais verdadeira do que essa nos dias de hoje. É hora de reconstruirmos o nosso Brasil! Um tríplice e fraternal abraço a todos os irmãos, sobrinhos, sobrinhas, cunhadas, a todos os que nos assistem. Um grande viva à maçonaria do Brasil: Viva! (Manifestação no plenário: Viva!) Um grande viva ao Brasil: Viva! (Manifestação no plenário: Viva!) Que Deus nos ajude!