Levantamento mostra que o preço do combustível disparou com a volta da cobrança de impostos federais
O preço do litro da gasolina foi comercializado à média de R$ 5,88 na primeira quinzena de março (1 a 13), um aumento de mais de 9%, quando comparado a fevereiro, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log . Esse índice é calculado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que administra 1 milhão de veículos, com uma média de oito transações por segundo.
Esse é o primeiro levantamento da Ticket Log depois da volta da cobrança dos tributos federais sobre combustíveis. A desoneração começou no governo de Jair Bolsonaro, para reduzir a inflação, e foi prorrogada por dois meses no governo Lula.
Em nota, o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, afirmou que a última redução no preço da gasolina, de 3,93%, anunciada pela Petrobras em 28 de fevereiro, não foi suficiente para frear os acréscimos constatados nos postos de todos os Estados e do Distrito Federal.
Na análise regional, as altas vão de 8,5% no Sudeste, onde a gasolina fechou a R$ 5,65, com a menor média entre as regiões, a 9,85% na Região Norte, onde o combustível foi comercializado a R$ 6,23, maior preço médio nacional.
Na análise por Estado, os aumentos foram superiores a 4% em todas as unidades da federação. A maior alta foi no Amazonas, onde o combustível aumentou 16,25% e passou de R$ 5,63 para R$ 6,55. Ainda assim, o preço médio mais elevado foi identificado em Roraima, a R$ 6,63, e o mais baixo, na Paraíba, a R$ 5,40.
O preço médio do etanol também ficou mais alto e fechou a quinzena a uma média de R$ 4,60, com acréscimo de 3,81%, em relação ao mês anterior. Os aumentos por região chegaram a 5,16%, como é o caso do Norte, onde o combustível fechou a R$ 5,01, maior preço médio entre as regiões.