Eu tinha sei lá uns 6 anos e me lembro que todas as vezes que minha avó lavava roupas brancas e colocava pra secar sobre a cerca de arrame farpado, assim que nuvens mais acinzentadas começavam aa aparecer ela corria ate o varal e enquanto recolhia as roupas ainda meio molhadas com muito cuidado para não rasga-las no arrame farpado ela dizia: “Tempo estranho”
Quando olho para o atual cenário da politica brasileira, não me vem outra frase que não seja “tempo estranho”
Sei que pode parecer clichê dizer que a politica brasileira esta em crise, mas o que vemos ultimamente é de dar vontade de chorar e sair correndo “recolhendo logo as roupas”
Já de muito tempo nossos políticos perderam o protagonismo, quando eles viram noticia é por algum envolvimento com corrupção, ou bate bocas desnecessários no plenário das câmaras de legislação do nosso pais.
Há politico que se orgulha de ter engajamento nas suas postagens nas redes sociais, mas na pratica não briga nem um pouco pelo bem da sociedade brasileira. Outros se aproveitam de tragédias, ou outros escândalos de outros políticos para apenas subir na tribuna e falar, falar, e falar, mas nunca apresenta uma solução
Tempo Estranho.
O ano de 2023 começando e gente querendo falar de eleições presidências de 2026, que tal tentar fazer algo de bom nos próximos 3 anos ao invés de viver de articulações interesseiras, onde o povo é colocado de lado e o interesse é do individuo que esta deputado, vereador, prefeito, senador, governador, presidente(não coloquei em ordem de proposito), todos estão, não são, mas o período que estão esquecem da população que os colocou lá e só pensam em permanecer independente dos meios usados
Tempo Estranho
Meu grito é solitário, mas assim como minha avó recolhia suas roupas antes mesmo que a chuva caísse (e as vezes não caia) mas na sua antecipação ela se protegia, e é isso que o cidadão faz todos os dias quando acorda pela manha e sai para seu trabalho, enfrentando um péssimo transporte publico, o risco da violência das cidades, as incertezas de uma economia oscilante, mas esse cidadão não espera do politico, nem da politica, ele se antecipa, igual minha avó e vai vivendo nesse “pais estranho chamado Brasil”
Anderson Bravo
Gestor, escritor, palestrante, professor de Jiu Jitsu
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