Margareth Menezes vai responder a deputados se usou o cargo para favorecer contratações públicas de seus shows
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, vai depor em audiência na Câmara dos Deputados. O foco será a apuração de indícios de corrupção na pasta chefiada pela artista. Ela foi convidada para reunião conjunta das Comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Cultura.
A sessão está marcada para a próxima quarta-feira, 16, às 10h. Parlamentares vão questionar a ministra sobre o aparelhamento político do Programa Nacional de Comitês de Cultura e o uso eleitoral da estrutura. Ela terá de explicar se utilizou o cargo para favorecer contratações públicas de seus shows.
Os shows de Margareth e os indícios de corrupção na Cultura
Durante o recesso, Margareth Menezes realizou apresentações em Salvador e Fortaleza. Os eventos foram pagos pelas prefeituras e custaram R$ 640 mil aos pagadores de impostos, incluindo cachê, produção e logística.
Deputados querem saber se as contratações violaram o princípio da impessoalidade. A oposição também pressiona por esclarecimentos sobre suposto uso de recursos da Cultura para apoiar candidatos aliados nas eleições municipais de 2024. Áudios divulgados pela imprensa citam o envolvimento de membros da cúpula do ministério.
Convocação virou convite
O deputado Luciano Zucco (PL-RS) apresentou requerimentos de convocação. A Comissão de Cultura transformou o pedido em convite.
Para o primeiro vice-líder da oposição, deputado Sanderson (PL-RS), a presença da ministra é fundamental depois dos escândalos revelados. “O povo brasileiro merece explicações”, disse. Não vamos permitir que a Cultura seja usada como palanque ideológico ou como balcão de negócios.”
Cultura da corrupção
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) espera que Margareth não fuja do compromisso com a Câmara.
“Se não há nada a esconder, a ministra não deve temer por dar explicações do uso do dinheiro público ao povo brasileiro”, disse Valadares. “A cultura é parte essencial do nosso país, mas não pode ser usada como cortina de fumaça para práticas obscuras.”
Fonte: Revista Oeste
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