O SR. GILSON MARQUES (NOVO – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu acho interessante que se discuta nesta Casa nome de ponte, nome de rua, dia nacional, projeto programático, que se realize sessão solene, e aí quando temos a oportunidade de discutir o arcabouço fiscal, que pretende gastar meio trilhão de reais em 3 anos, querem encerrar a discussão, querem parar de debater a matéria. É inacreditável! O pagador de impostos deve olhar para a televisão e dizer: “O que mais tem de importante a Câmara dos Deputados, senão discutir meio trilhão de reais que vão ser pagos por todos os brasileiros, em especial os mais pobres? O que tem de mais importante?” Sendo que esse arcabouço fiscal tem uma consequência direta na reforma tributária. Ora, se você autoriza mais gasto, precisa de maior arrecadação. E aí, lá na reforma tributária, o Fernando “Taxad” quer taxar isso, taxar aquilo, taxar aquilo outro. Por quê? Porque nesse projeto que está querendo se encerrar a discussão, está se permitindo gastar a mais, acabar com o teto de gasto, permitir que mais coisas saiam da possibilidade de o Governo economizar e obrigar o gasto público. E aí eu escuto: “Gasto é investimento”. Eu quero saber o que a população lá na ponta tem de retorno ou vai ter de retorno, de forma objetiva, porque todo o gasto é para o sustento, para a manutenção dele mesmo, dos políticos, da casta pública, mais nada. Infelizmente, é mais água em torneira furada. É óbvio que nós somos contra acabar com a discussão. Obrigado.