O SR. POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, eu quero aqui emprestar o meu apoio ao trabalho, à luta, ao esforço do Ministério da Previdência Social, através do Ministro Carlos Lupi e de toda a sua equipe, nessa ação de esforço concentrado para a redução das filas do INSS, com o pagamento, inclusive, de bônus a servidores e servidoras que possam desempenhar trabalhos e jornadas extras. Essa é uma medida de esforço que merece destaque, porque nós sabemos que há dezenas, centenas, milhares de trabalhadores nas filas esperando para que sejam analisados, julgados e deferidos os seus processos de aposentadorias e as suas demandas. É preciso levar dignidade a essas pessoas, e o serviço público tem que dar uma resposta. O chamado Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social — PEFPS pretende reduzir exatamente o tempo de análise desses processos administrativos de reconhecimento operacional dos benefícios e direitos sociais dos trabalhadores do Brasil. O INSS precisa fazer isso, tem que fazer isso, mas, para tanto, precisa de um esforço concentrado. Essa atitude o Ministro está tomando. Nesse contexto, é preciso reconhecer que o Governo Federal, o Governo do Presidente Lula editou a Medida Provisória nº 1.181, de 2023, que, entre outros assuntos, regulamenta o Programa de Enfrentamento à Fila do da Previdência Social. E aí digo por minha conta que o PDT está dando a sua contribuição incomensurável para fazer com que essa fila ande. É preciso trabalho, muito trabalho nesse sentido, para garantir dignidade aos aposentados e aos que estão se aposentando e estão nessa fila. Presidente, eu quero, como segundo tema, prestar aqui minha homenagem à minha querida, à nossa querida e legendária Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, que amanhã, 18 de agosto, completa 202 anos de emancipação. São 325 anos, na verdade, de fundação da nossa comunidade, da nossa cidade, do Município de Cruz Alta, que tem uma história linda, é berço do povo missioneiro. Cruz Alta é mãe de dezenas de Municípios e avó, bisavó de outras dezenas de Municípios em toda aquela região, no altiplano da pampa missioneira, que vai desde o Rio Jacuí até as barrancas do Rio Uruguai. Eu não sou filho de Cruz Alta, mas é como se filho fosse, porque ali morei, ali estudei, ali tive meu filho, ali constituí família. Então, Cruz Alta recebe o meu carinho. E para celebrar esse momento, Presidente, eu quero pedir permissão a V.Exa. para dizer um poema que eu escrevi para Cruz Alta. Ele diz assim: Homenagem a Cruz Alta I No altiplano da pampa Entre a serra e as missões Ergueu-se ali em orações Um templo e uma cruz bem alta Servindo de luz e ribalta Para birivas carreteiros Onde os gaúchos missioneiros Faziam suas pousadas E que depois se fez morada Pra caretas e tropeiros II Nascia então a Cruz Alta Do carreteiro viajante Entre-posto importante De Rio Grande a Sorocaba Onde a carne charqueada Era levada em comboio E que ali encontravam apoio Nas águas de uma nascente Onde uma mágica vertente Transbordava-se em arroio III A vertente virou a lenda Da “panelinha encantada” E Cruz Alta virou morada P´ra quem da água bebia E esta história de magia Ganhou fama e fantasia Virou canto e cantoria E tal qual o sopro do vento Se esparramou pelo tempo Em forma de poesia IV Mas teus encantos não param E nem tão pouco tuas lendas Os campos de tuas fazendas Guardam a história da “Anhay” Esconde as quedas do Jacuí E a terra dos afogados E os teus filhos emancipados Desde a serra até o Uruguai Registram nos seus anais A glória do teu passado V Cruz Alta fez-se altaneira Nos campos de sesmarias Depois vieram as ferrovias Para redesenhar o mapa Trazendo preso na ilhapa A indústria e um comércio pujante E junto com os comerciantes Também vieram os quartéis E os muitos milhões de mirreis Que te fizeram importante VI És hoje uma cidade moderna Sede de uma universidade A UNICRUZ é na verdade Um campus de puro saber É onde eu fui aprender As teorias, os preceitos As leis, as teses, os conceitos Que me fizeram advogado Um poeta apaixonado Pelas causas do Direito VII Simboliza a saga de tua gente A trilogia do tempo Que deu vida e pensamento A Rodrigo Cambará Nem o Érico podia imaginar Que o escritor aqui do pago Fosse um dia aclamado Expoente de academia Que a famosa trilogia Fosse filme de seriado VII O monumento de Fátima É a tua expressão de Fé E a crença na Santa Sé Leva o povo em romaria Em oração, em homilia Com cantos e ladainha Em louvação à Rainha Por uma graça alcançada E que a cidade seja abençoada Pelos olhos da “Santinha”! IX Traduz a cultura do teu povo A coxilha nativista Que resgata, reconquista Rumos, nortes e raízes Dando formas e matizes Para um grande festival Evento tradicional Que junto com a “Fenatrigo” Faz da terra do Capitão Rodrigo Uma legenda imortal X Então, te agradeço, Cruz Alta Pelas graças da “Santinha” Por beber da “Panelinha” Por poder desde guri Viver em volta de ti E por aqui ter me formado Ser o teu advogado Ser teu neto, quase um filho Que tem sangue caudilho E é herdeiro do teu legado Muito obrigado, Cruz Alta. Parabéns ao povo cruz-altense pelos 202 anos de emancipação! Muito obrigado.