Deputado Federal Luiz Lima apóia clubes de tiro esportivo e envia recado ao presidente Lula, que os puniu através do decreto 11366/23.
O Deputado Federal Luiz Lima PL-RJ, foi à tribuna da câmara em Brasília na manhã desta quinta-feira 02, e enviou um recado ao Presidente Lula através da Deputada Benedita da Silva, que presidia a sessão: “ No dia primeiro de janeiro foi feito um decreto do presidente. O decreto 11366 que pune os clubes esportivos de tiro em nosso país…infelizmente com esse decreto você pune uma modalidade olímpica…eu queria dizer que quando a gente vence uma eleição e pune uma categoria em função de ter apoiado outro candidato, você não está tendo uma atitude inteligente politicamente…existem atiradores que votaram no presidente Lula…esse revanchismo só prejudica a relação em nosso país.” Explanou Lima.
Seu discurso foi focado no decreto 11366/23 assinado pelo presidente Lula, que inicia o processo de reestruturação da política de controle de armas no país. Na prática, a medida reduz o acesso às armas e munições, suspendendo o registro de novas armas de uso restrito de CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) e interrompe também as autorizações de novos clubes de tiro, além de e instituir grupo de trabalho para apresentar nova regulamentação à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.
Para o Deputado, a questão é algo que vai além. Segundo ele, o revanchismo das eleições fez com que uma modalidade esportiva fosse inviabilizada, já que a questão pró armas é uma agenda da Direita e foi muito defendida pelo ex presidente Jair Bolsonaro em seu mandato. Lula estaria fazendo o oposto às atitudes do ex presidente e com isso, causando uma grande exclusão já que há atletas cadeirantes que encontraram no esporte uma forma de inclusão social e esportiva, não podendo apenas a Confederação Brasileira receber benefícios. Além disso, inviabilidade da modalidade impede o surgimento de outros atletas olímpicos, limitando e até mesmo extinguindo o esporte. Outro caso lembrado no discurso foi o fato de o primeiro atleta olímpico de tiro e medalhista, Afrânio Costa, ter se tornado Ministro do STF e um dos responsáveis pela primeira eleição real democrática no Brasil. O ano era 1946.
O discurso do Deputado foi muito compartilhado e apoiado por diversos setores, dentre eles esportistas, grupos pró armas e empresários. Diversas mensagens de apoio à Lima foram publicadas nas redes, além de agradecimentos e reconhecimento em prol à prática de tiro esportivo:
“Gostaria de agradecer ao Deputado Federal Luiz Lima por sua defesa firme e ponderada sobre o decreto 11366, decreto do revogaço, que atinge o esporte do tiro de forma definitiva, impossibilitando a sua prática. Não devemos esquecer que o tiro é o esporte mais tradicional do país e que trouxe nossas primeiras medalhas olímpicas.” Falou Felipe Nini, Coordenador Estadual do Movimento Pró armas do Rio de Janeiro.
Para empresários do ramo, o decreto além de prejudicar toda uma classe, afeta também a economia já que o esporte está diretamente ligado à geração de empregos e renda. O valor movimentado pela indústria de armas em 2021 atingiu US$ 531 bilhões, cerca de R$ 3 trilhões. Para dimensionar os ganhos da indústria mundial de armas, o orçamento brasileiro para 2022 foi sancionado pelo então presidente Bolsonaro e ficou pouco acima dos lucros do segmento: R$ 4,7 trilhões. O empresário e presidente do club de tiro COLT 45, Paulo Coutinho, bate na tecla da economia: “A luta é longa, mas precisamos resgatar esses valores que inclusive empregam 3 milhões de pessoas e representam 4,7% do nosso PIB.” Revela.
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