A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada nesta semana, abriu uma nova corrida política em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá a oportunidade de indicar mais um nome ao Supremo Tribunal Federal (STF), e as articulações já começaram nos bastidores do Planalto.
Entre os nomes mais cotados está o do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, considerado o favorito por sua proximidade com o presidente e perfil técnico alinhado ao governo. Messias, que já atuou como assessor jurídico da Presidência, é visto como figura de confiança dentro do núcleo político do PT.
Outro nome citado é o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que conta com apoio de parte da base governista e de lideranças do Congresso. Apesar de ser uma opção mais política, sua relação institucional com o Supremo e o Legislativo pode pesar a favor.
A ministra Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do Superior Tribunal Militar (STM), também aparece entre os cotados. Sua possível indicação é defendida por setores que pressionam por maior representatividade feminina na Suprema Corte, hoje composta por dez homens e apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia.
Correm por fora nomes como o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e do Controlador-Geral da União, Vinícius Carvalho, ambos com bom trânsito político e histórico de atuação técnica em órgãos de controle.
A escolha deve levar em conta não apenas o perfil jurídico, mas também fatores políticos e simbólicos, como equilíbrio de gênero, aceitação no Senado e fidelidade institucional. O nome escolhido por Lula precisará passar por sabatina e aprovação dos senadores antes de assumir o cargo.
Com a saída de Barroso, Lula reforça sua influência sobre o STF, que já conta com dois ministros indicados por ele nesta gestão. O novo indicado ocupará a vaga por tempo indeterminado, já que a aposentadoria compulsória só ocorre aos 75 anos.
Fonte: CartaCapital














































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