Ação mira rede varejista de combustíveis que teria servido como fachada para lavagem de dinheiro da facção criminosa.
Nesta terça-feira (21/10), a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Octanagem para cumprir seis mandados de busca e apreensão em postos de combustíveis localizados na Baixada Santista (em Praia Grande e Santos) e em Araraquara, interior do estado.
O foco da ação é investigar postos vinculados ao empresário Mohamad Hussein Mourad (apelidado de “Primo”), apontado como operador de um esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção.
📍 Áreas de atuação e indícios
- Na Baixada Santista, três postos em Praia Grande e dois em Santos foram alvo da operação. Um sexto mandado foi cumprido em Araraquara.
- A operação conta com apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
- Em ao menos um dos postos investigados, foi constatada adulteração de combustível e fraude volumétrica — bombas que liberavam menos que o valor indicado no visor.
🎯 Objetivo da ação
Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Divisão de Investigação sobre Crimes Contra a Administração e Combate à Lavagem de Dinheiro (3ª DICCA), o propósito é atingir o “braço varejista” da facção: “Estamos analisando esses postos para saber se estão em condições adequadas para o consumo, se há sonegação fiscal e descobrir quem são os sócios ocultos com envolvimento nesse esquema criminoso.”
🔍 Contexto mais amplo
A Operação Octanagem é um desdobramento da Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, que investigou fraudes em toda a cadeia do setor de combustíveis — importação, produção, distribuição e varejo — com indícios de movimentação de bilhões de reais.
A fraude não se limita à adulteração de produtos: envolve sonegação fiscal, ocultação de patrimônio por meio de empresas laranjas, operações financeiras complexas e vínculos com organizações criminosas
✅ Consequências esperadas
- Bloqueio de bens e congelamento de ativos dos responsáveis.
- Identificação de sócios ocultos e de empresas “fantasmas” que abasteciam o esquema.
- Fortalecimento da fiscalização sobre o mercado varejista de combustíveis e maior rigor sobre postos suspeitos.
- A repercussão pode levar à responsabilização penal de envolvidos e à revisão de autorizações de funcionamento de estabelecimentos.
📝 Em resumo
- Foram seis mandados cumpridos em postos de combustíveis na Baixada Santista e Araraquara.
- Alvo principal: empresário Mohamad Hussein Mourad, citado como operador de lavagem de dinheiro da facção PCC.
- A ação investiga adulteração de combustível, fraude volumétrica e sonegação fiscal.
- A operação integra uma investigação maior, que atinge toda a cadeia de combustíveis com vínculo ao crime organizado.
Fontes consultadas: G1/Globo, CNN Brasil, CartaCapital, Terra, Metrópoles.













































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