A Polícia Federal, em colaboração com diversas Polícias Civis estaduais, deflagrou nesta quarta-feira (8) uma grande operação nacional destinada a combater crimes de exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes, especialmente os cometidos por meio da internet.
A operação: números e alcance
A ação, batizada de Operação Proteção Integral III, mobilizou cerca de 890 agentes, sendo 617 da Polícia Federal e 273 das Polícias Civis estaduais.
Foram cumpridos 182 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão preventiva em cidades de 17 unidades da federação — incluindo estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e outros.
Até o momento, há registros de 48 prisões em flagrante, duas apreensões de menores e resgate de vítimas, segundo dados divulgados pela PF.
Destas ordens judiciais, 138 foram executadas pela PF e 44 pelas Polícias Civis.
Contexto e relevância da operação
A Operação Proteção Integral III marca a terceira etapa de ações desse tipo em 2025, sucedendo operações em março e maio.
Segundo a Polícia Federal, apenas entre janeiro e setembro de 2025 foram cumpridos mais de 1.630 mandados de prisão de pessoas foragidas condenadas por crimes sexuais contra menores.
O esforço conjunto é apresentado como demonstração de fortalecimento da integração entre as forças de segurança, com o objetivo de desmantelar redes de exploração sexual online e responsabilizar quem produz, armazena ou compartilha material ilícito.
Desafios e alertas à população
Além da fase repressiva, a PF destacou a importância da prevenção, alertando pais e responsáveis sobre os perigos do ambiente virtual. Segundo o órgão, o diálogo aberto, a supervisão do uso da internet e a orientação às crianças sobre comportamentos seguros são ferramentas essenciais para evitar o contato com conteúdos ou pessoas suspeitas.
Também há destaque no uso de técnicas de rastreamento digital para identificar a origem dos crimes: plataformas de redes sociais, aplicativos de mensagem e sites de jogos frequentemente aparecem como vetores de conexão entre vítimas e criminosos.
Conclusão
A megacooperação entre a Polícia Federal e as Polícias Civis estaduais representa um esforço massivo do Estado para enfrentar um tipo de crime que se vale da invisibilidade e da tecnologia para proliferar. Os números expressivos de mandados e prisões — além da continuidade das operações — sugerem que as autoridades têm intensificado a vigilância contra redes de exploração sexual infantil. Ao mesmo tempo, o sucesso desse tipo de ação depende também da conscientização social, da atuação preventiva das famílias e da pressão por leis e políticas que dificultem a impunidade.
Fontes consultadas: Gazeta Brasil; Manchete Rio; Acesse Política.














































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