Acordo entre governistas e opositores determinou a manutenção do item, que impede o reajuste salarial da categoria pelo INPC
O Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira, 26, o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede a correção anual do piso salarial da enfermagem pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A expectativa entre membros e representantes da categoria era que o trecho fosse derrubado. No entanto, isso não aconteceu. Um acordo entre governistas e opositores, foi negociada a manutenção desse e de outros sete vetos – decisão criticada por parte dos parlamentares. “A enfermagem que salvou esse país, a enfermagem que vacinou esse país, a enfermagem que cuida da sociedade”, afirmou o deputado federal Bruno Farias (Avante-MG), em defesa da derrubada do veto. Após resultado contrário, o parlamentar falou em “insatisfação” e “vergonha” do governo Lula 3.
“O governo veio aqui, em plenário, quando o presidente passado vetou o reajuste da enfermagem, criticando e chamando o ex-presidente de genocida. Hoje, eles mantiveram o veto. Isso é uma vergonha, governo. Peça perdão ao enfermeiros, aos médicos e auxiliares. Que decepção”, disse Farias. Inicialmente, a pauta da primeira sessão conjunta do Congresso previa a apreciação de 26 vetos. No entanto, 16 itens foram retirados de pauta e a votação adiada após acordo. Os parlamentares também analisam o veto 61, que impende o crédito consignado para servidores, mas uma falha técnica no sistema de votação do Senado Federal levou a suspensão da apreciação.
Fonte: Jovem Pan