A sindicalista da CUT ficou acampada em frente à PF durante a prisão do petista
Regina Cruz, ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, foi nomeada na segunda-feira 24, superintendente do Ministério do Trabalho no Estado.
Ela foi coordenadora da vigília “Lula Livre” em Curitiba no período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou preso na carceragem da Polícia Federal (PF).
A sindicalista tem uma relação próxima com a primeira-dama, Janja, por ter sido a “coordenadora da vigília” entre março de 2018 e novembro de 2019. Na época, Janja era uma das militantes que participavam da mobilização a favor do petista.
Durante os meses em que comandou o acampamento diário em frente à sede da PF na capital do Estado, Regina foi uma das coordenadoras do movimento, e atuou como porta-voz dos militantes, inclusive, em coletivas de imprensa.
Agora, com o novo cargo no Ministério do Trabalho, ela deve responder diretamente ao ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Regina deve coordenar as ações da pasta no Estado para atender as necessidades petistas.
Ministério do Trabalho e outros órgãos aparelhados
Esse não é um caso isolado no governo Lula. Oeste já mostrou que Dilma Rousseff, quando assumiu a Presidência, espantou-se com o mapa dos cargos de confiança no governo que chegara às mãos do então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “À época, o PT havia indicado mais de 1,3 mil assessores comissionados — metade deles como cota da CUT.”
No ano passado, toda a estrutura de cargos, funções e gratificações na administração pública foi reformulada por meio de uma medida provisória assinada por Jair Bolsonaro. Passaram a se chamar Cargos Comissionados Executivos (CCE) e Funções Comissionadas Executivas (FCE).
Da lista de vagas em empresas, bancos e autarquias, a mais disputada é a da Petrobras. Um cargo de gerente da estatal, por exemplo, chega a R$ 50 mil, além dos benefícios.
Fonte: Revista Oeste