Ainda não há detalhes sobre as condições e as taxas de juros das operações
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco da China assinaram um acordo de R$ 6,5 bilhões para investimentos em infraestrutura e inovação tecnológica. O ex-ministro e presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou a novidade na sexta-feira 14.
Em coletiva de imprensa em Pequim, Mercadante disse que todos os recursos serão destinados para investimentos no Brasil. O dinheiro da operação de crédito com o banco chinês será repassado em duas transações. A primeira, um empréstimo de R$ 4 bilhões, no prazo de dez anos, para financiar projetos de infraestrutura, energia limpa, digitalização de empresa, industrialização, inovação e ciência e tecnologia. A segunda, um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, com prazo de três anos, destinado também para investimentos em infraestrutura, transição energética e industrialização.
No discurso, Mercadante não deu detalhes sobre as condições e as taxas de juros das operações. No entanto, a licitude da operação de crédito só terá validade depois de passar pelo crivo do Senado.
‘Acordo com China põe o Brasil em risco’
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), Xi Jinping, assinaram 15 acordos comerciais nesta semana. Um dos contratos trata da cooperação para o desenvolvimento de tecnologias, do intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os países e da ampliação das relações comerciais.
Segundo especialistas consultados por Oeste, o estreitamento de laços com Pequim pode causar um colapso na economia brasileira. O jornalista Rafael Fontana, por exemplo, acredita que o Brasil aderiu à Nova Rota da Seda. “É um programa de exportação de mão de obra e desova de matéria-prima da China”, afirmou. “Ao mesmo tempo em que a China diz oferecer infraestrutura, a ditadura comunista empurra goela abaixo contratos com empresas chinesas — que devem ser aceitos por seus novos parceiros explorados. Para completar, os chineses fornecem empréstimos a juros escorchantes.”
Fonte: Revista Oeste