O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está no Japão para participar do encontro do G7, que reúne as principais economias do mundo. Na reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, o ministro pediu ajuda no socorro à Argentina.
“Estamos muito preocupados com o que está acontecendo com a nossa vizinha”, disse. “E uma das coisas que me traz ao G7, por recomendação do presidente Lula, é sensibilizar o G7 e o G20 para as condições específicas da Argentina nesse momento. Nós trazemos essa preocupação por uma questão humanitária bastante evidente”, declarou o ministro da Fazenda.
O petista elencou uma série de justificativas para pedir socorro à nação sul-americana. Ele disse também que o Brasil está preocupado com as eleições e a “postura violenta de grupos de extrema direita na América do Sul”.
Haddad relatou à secretária do Tesouro americano a falta de divisas na Argentina “por razões históricas que vinham se acumulando” e as secas recentes, que afetaram as exportações.
O ministro da Fazenda afirmou a jornalistas que Yellen “se surpreendeu” com o tema abordado na reunião e se comprometeu a analisar as considerações.
Lula também vai ao Japão… pedir ajuda à Argentina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que participará do G7 presidencial na próxima semana. Conforme Haddad, Lula também vai tratar do socorro à Argentina.
“Uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G7 é para tratar desse assunto. Para nós, é uma questão fundamental que esse problema seja endereçado. E o presidente Lula virá na próxima semana com a mesma preocupação, estou antecipando o que ele próprio, de viva voz, vai trazer”, afirmou o ministro.
A intercessão brasileira em nome da economia argentina acontece semanas após o presidente do país, Alberto Fernández, visitar Lula no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o petista se comprometeu a trabalhar para convencer o Fundo Monetário Internacional a “tirar a faca do pescoço” da Argentina.
O Grupo dos Sete é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão. O Brasil participa dos encontros na condição de convidado.