Com a economia em frangalhos e uma inflação que corrói o valor de sua moeda rapidamente, a Argentina teve que apelar para outros países para emitir cédulas de peso argentino suficientes para atender a demanda da população. Desde 2020, o Brasil é um dos países que fabrica as notas utilizadas na economia da nação vizinha, mas em 2023 essa produção foi intensificada para patamares estratosféricos.
Em 2022, foram mais de 600 milhões de notas de peso argentino fabricadas pela Casa da Moeda do Brasil. No entanto, a produção em 2023 aumentou para uma quantidade em torno de 19 a 20 milhões de cédulas por semana, o que representa, em um ano de pouco mais de 50 semanas, a uma fabricação de cerca de 1 bilhão de notas ao longo do ano.
Além de importar cédulas do Brasil, o Banco Central da Argentina também foi obrigado a encomendar notas de países como Espanha, França, Malta e até da China, que chegam por navio e avião. Recentemente, o país governado por Alberto Fernández teve de anunciar a criação da cédula de 2 mil pesos para conter o crescimento da circulação de notas.
A moeda do país vizinho vive atualmente uma desvalorização grave e mesmo a recém-criada nota de 2 mil vale pouco mais de 8 dólares, o equivalente a menos de 40 reais. Em março, o número de cédulas em circulação na Argentina atingiu o recorde de 9,946 milhões de unidades. Em maio, a inflação do país também atingiu um recorde e chegou a 109%.
Fonte: Pleno News
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