Defesa diz que também não teve acesso ao inquérito nem à decisão
A Polícia Federal (PF) informou que os R$ 4 milhões encontrados em um cofre durante o cumprimento de mandados no âmbito da Operação Hefesto não pertencem a Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Por ora, não se sabe quem é o dono do montante.
O advogado de Cavalcante, André Callegari, disse à CNN Brasil que seu cliente não foi alvo de mandado de prisão. “O único objeto do mandado era de busca e apreensão, que foi cumprido no flat onde ele residia”, afirmou, na quinta-feira 1˚. “Não foi encontrado esse montante de R$ 4 milhões, tampouco o cofre pertence a ele.” Callegari afirmou ainda que a defesa não teve acesso ao inquérito da PF ou à decisão judicial.
Polícia Federal investigou aliados de Arthur Lira
A operação iniciada ontem se dedicou a desarticular suposta organização criminosa acusada de fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, a Operação Hefesto mobilizou mais de 110 policiais federais, além de 13 servidores da Controladoria-Geral da União. Os agentes cumpriram 27 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária. As ações ocorreram em Maceió (reduto eleitoral de Lira), Gravatá (PE), São Carlos (SP), Goiânia e Brasília.
Durante a ação, houve sequestro de bens e imóveis dos investigados, somando pouco mais de R$ 8 milhões.
Conforme a PF, o ponto de partida da Operação Hefesto é a investigação de supostos crimes ocorridos de 2019 e 2022. A prática ilegal se dava em “processos licitatórios, adesões a Atas de Registro de Preços e celebrações contratuais relacionadas ao fornecimento de equipamentos de robótica para 43 municípios alagoanos”.
Fonte: Revista Oeste
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