Paralisação também afeta o licenciamento de petróleo na foz do Amazonas
Servidores ambientais federais começaram uma greve geral por tempo indeterminado nesta terça-feira, 2. A categoria reivindica a reestruturação de carreira, melhores condições de trabalho e novos concursos públicos.
A greve ocorre em meio ao recorde de incêndios no Pantanal, Amazônia e cerrado e interrompe o processo de licença para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, um desejo da Petrobras e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A greve foi iniciada por funcionários do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro.
A Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) informou que a greve ocorre depois de “oito meses de negociações infrutíferas com o governo federal”.
Em maio, os servidores rejeitaram uma proposta do governo. Em junho, a categoria apresentou uma contraproposta, que também não foi aceita, o que levou ao fim das negociações.
Servidores ambientais federais aderem à greve em 23 Estados
A greve foi deflagrada por servidores ambientais federais de 23 Estados e do Distrito Federal. Acre, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte já estavam em greve desde 24 de junho. Nesta semana, servidores de outros 19 Estados aderiram ao movimento.
Apesar da paralisação, algumas atividades essenciais vão se manter. Entre elas, a fiscalização ambiental com atendimento emergencial, a manutenção de 10% dos servidores no licenciamento ambiental em casos de emergência e o atendimento a demandas emergenciais em unidades de conservação.
Entidades abertas a negociações
A Ascema e a Confederação dos Confederação Democrática dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) reiteram que “continuam abertos à negociação pela reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama (Pecma)”.
As entidades alegam que “os prejuízos à economia, à sociedade e ao meio ambiente decorrem da intransigência e inércia do governo em dar continuidade ao processo de negociação de maneira justa e dialogada”.
Fonte: Revista Oeste
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