Uma grande operação conjunta do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da Polícia Civil foi deflagrada nesta sexta-feira (24), para impedir um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) que tinha como alvo o promotor Lincoln Gakiya — conhecido por sua atuação contra o crime organizado — e o coordenador de presídios da região Oeste, Roberto Medina.
Segundo as investigações, a facção vinha monitorando a rotina das autoridades há meses e chegou a alugar uma chácara próxima aos possíveis alvos, que serviria como base de vigilância.
🔍 Como começou
A investigação teve início em julho, após a prisão de Vitor Hugo da Silva, o “VH”, flagrado por tráfico de drogas.
No celular do suspeito, os policiais encontraram mensagens e imagens que detalhavam os horários, trajetos e locais frequentados por Medina.
Outros integrantes da facção, entre eles um apelidado de “Corinthinha”, seriam responsáveis por fazer o levantamento logístico para o ataque.
Os investigadores apontam que o grupo operava com estrutura compartimentada — cada membro tinha uma função específica e não sabia de todo o plano, o que dificultava o rastreamento das ordens.
📍 Onde a operação aconteceu
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em sete cidades do interior paulista:
- Presidente Prudente (11)
- Álvares Machado (6)
- Martinópolis (2)
- Pirapozinho (2)
- Presidente Venceslau (2)
- Presidente Bernardes (1)
- Santo Anastácio (1)
⚖️ O que dizem as autoridades
De acordo com o MP-SP, o objetivo do PCC era eliminar figuras-chave do sistema de combate ao crime organizado, em retaliação às ações de controle sobre lideranças presas.
A operação, batizada de “Recon”, é considerada uma das maiores ofensivas recentes contra o núcleo estratégico da facção.
Apesar da gravidade, o MP afirmou que não há indícios de relação direta entre esse plano e o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro.
Ainda assim, os investigadores observam semelhanças no modo de operação dos criminosos.
⚠️ Por que isso importa
- A operação reforça o nível de organização e ousadia do PCC.
- Mostra a vulnerabilidade de servidores públicos que atuam na Justiça e no sistema prisional.
- Expõe a necessidade de integração entre MP, Polícia Civil e sistema penitenciário para prevenir novos ataques.
Fontes consultadas: Gazeta Brasil, O Democrata e Valor & Mercado RO.













































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