O Ministério do Turismo exonerou nesta segunda-feira, 6, Flávio Francisco Gonçalves, que era diretor do Departamento de Qualidade, Inteligência, Planejamento e Inovação na pasta e integrante do círculo próximo da ministra Daniela Carneiro.
Ex-secretário do Meio Ambiente em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Flávio responde por crime ambiental em ação penal movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, na qual também são réus o marido da ministra, Waguinho, prefeito de Belford Roxo desde 2016, e Márcio Canella, secretário municipal da Casa Civil.
Os três denunciados são acusados poluir o Rio das Botas, que corta a cidade, jogando “entre 400 e 600 toneladas” de resíduos às margens do rio, segundo reportagem da revista Veja, publicada no fim de janeiro. A portaria com a exoneração foi publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.
Quando Flávio era secretário do Meio Ambiente de Waguinho, a ministra era secretária de Assistência Social e Cidadania. Desde que assumiu o Ministério do Turismo, Daniela vem sofrendo desgaste, por sua proximidade com integrantes de milícias do Rio de Janeiro, que teriam ajudado a reelegê-la como deputada federal pelo União Brasil, em 2022. Com a invasão dos prédios da Praça dos Três Poderes, o escândalo foi ofuscado.
Daniela teve o apoio declarado da ex-vereadora Giane Prudêncio, mulher de Juracy Alves Prudêncio, o Jura — condenado e preso por chefiar uma milícia na Baixada Fluminense há pelo menos quatro anos. A ex-vereadora fez campanha para Daniela em 2018 e 2022.
Outro ministro do União Brasil que está na corda bamba é Juscelino Filho, acusado de usar avião da FAB para participar de leilão e de destinar verba orçamentária para pavimentar estradas próximas de propriedades de sua família, no Maranhão.
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