O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o governo de Lula ainda não tem uma base parlamentar sólida para aprovação da reforma tributária. As declarações foram dadas na segunda-feira 6, durante encontro com o Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo.
Lira falou também sobre o embate entre Lula e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e defendeu a autonomia da autoridade monetária. “Temos um governo que foi eleito com margem de votos mínima e que precisa entender que temos Banco Central independente, agências reguladoras, Lei das Estatais e um Congresso com atribuições mais amplas”, disse o presidente da Câmara.
Para a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), como a reforma tributária, precisa-se dos votos de 308 deputados e 49 senadores. Lira afirmou que o governo carece de apoio na Casa.
“Teremos um tempo para que o governo se estabilize internamente”, prometeu o presidente da Câmara dos Deputados. “Porque hoje o governo ainda não tem uma base consistente nem na Câmara, nem no Senado para enfrentar matérias de maioria simples, quanto mais matérias de quórum constitucional.”
Lira chegou a se referir à reforma tributária como a “tão falada, tão difícil e tão angustiante” e afirmou que todos os lados precisarão fazer concessões, até chegar ao modelo final.
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