O ex-ministro Anderson Torres prestou depoimento na sede da PF na segunda-feira 8 por cerca de duas horas. Na ocasião, Torres foi convidado a explicar a atuação da PRF no segundo turno da eleição presidencial.
A defesa do ex-ministro informou que a oitiva “ocorreu dentro da normalidade”. “Anderson Torres compareceu à sede da PF, renunciou ao seu direito constitucional de ficar silêncio e respondeu a todos os questionamentos formulados”, comunicou o advogado Eumar Novacki.
De acordo com a defesa, Torres “jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF e da PRF, que inclui blitze ou abordagens”. Além disso, que a “única preocupação” do então ministro era “combater os crimes eleitorais, independentemente de candidatos ou partidos”.
Anderson Torres na prisão
O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos do 8 de janeiro. A defesa alega que Torres está com problemas de saúde e, por isso, pede que a prisão preventiva seja revertida em prisão domiciliar. Em 28 de abril, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou o regime aberto a Anderson Torres.
Os advogados do ex-ministro argumentaram que os requisitos para a prisão preventiva — que são a garantia da ordem pública e econômica, a conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal — não estão presentes. Além disso, que o prazo previsto para a conclusão do inquérito, de 81 dias, no Código de Processo Penal, também já se esgotou.