O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou na quinta-feira 11, a abertura de processo administrativo para investigar se houve racismo na ação da Polícia Federal (PF) contra o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) durante embarque em um voo.
“A investigação é para saber se de fato essas fiscalizações são aleatórias mesmo ou não”, argumentou Dino. “E, nesse caso particular, sobretudo, se há essa aleatoriedade ou se é racismo.”
O ministro também disse que não descarta uma abordagem de cunho racista. “Com certeza essa inquirição está sendo feita, para que se tenha um esclarecimento definitivo da Polícia Federal.”
Entenda o caso
O parlamentar estava dentro de uma aeronave no Aeroporto Foz do Iguaçu, Paraná, e tinha como destino o município de Londrina, quando foi retirado do local para passar por um procedimento de revista eletiva por agentes da PF. Os policiais alegaram que a inspeção era de rotina.
Renato gravou toda a abordagem e publicou o vídeo nas redes sociais. O parlamentar alegou ter sido vítima de racismo.
Em sua versão, o petista disse que entrou no avião depois de ter sido ignorado pelos funcionários, mesmo quando solicitou a presença da Polícia Federal para a inspeção, e que, de fato, havia sido sorteado para uma inspeção aleatória durante o embarque, mas não se recusou a ser revistado pela equipe do aeroporto.
Em nota, a PF explica que foi acionada para auxiliar um agente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pois Renato Freitas teria se recusado a passar pelo procedimento de revista em local anterior ao embarque e se dirigido diretamente à aeronave.