O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. O documento acusa o ministro por abuso de autoridade e interferência em investigações da Polícia Federal (PF).
O documento apresenta declarações em que Dino teria insinuado, sem apresentar provas, um suposto envolvimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno nos atos de vandalismo ocorridos nos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Entre as falas do ministro da Justiça citadas pelo senador está uma afirmação que os atos tiveram a participação de “generais traidores”. “São traidores do Brasil. Juraram defender a Pátria e são participantes de uma conspiração”, declarou Dino em uma entrevista.
“Não passa de artimanha vil e inescrupulosa, ainda mais porque não há qualquer indício que demonstre nexo causal entre os fatos e a pessoa do ex-ministro”, aponta a representação entregue pelo senador.
Outra acusação de Flávio Bolsonaro contra Dino é de divulgar informações sigilosas sobre a investigação da PF sobre o 8 de janeiro. E para corroborar a acusação o senador aponta outra declaração do ministro.
“Acredito que a continuidade das investigações e ações judiciais sobre o golpe de 8 de janeiro vai trazer holofotes para gente que ainda está escondida nas sombras”, escreveu Dino em eu perfil no Twitter em 23 de abril.
“De que maneira o representado tomou conhecimento da existência de pessoas ou nomes relevantes que estariam ocultos?”, indaga o senador no documento entregue à PGR.
A representação pede que “sejam apurados os fatos e as responsabilidades civil e criminal” do ministro “por atos de suposta interferência política na atuação da Polícia Federal e/ou Judiciário e abuso de autoridade”.