Nesta sexta-feira (5), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu aos cidadãos do país que se preparem para tempos de “emergência climática”, depois que o Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inameh) informou sobre as altas temperaturas em grande parte do território venezuelano.
– O capitalismo destruiu o planeta, o capitalismo destruiu o equilíbrio ecológico (…) agora vêm as chuvas fortes, as secas, o calor, o frio enorme, tudo extremo, a temperatura extrema, estamos em tempos de emergência climática e os venezuelanos têm que se preparar para isso – disse Maduro.
A declaração foi dada em um evento político transmitido pela televisão.
Maduro destacou que, de acordo com especialistas, a temperatura média no país está 4 graus Celsius “acima do normal”.
O Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inameh) tinha previsto para esta sexta-feira condições climáticas estáveis em grande parte do país, com pouca nebulosidade sem precipitação.
O órgão também informou que a temperatura mínima extrema nas primeiras horas da manhã deverá ser de 8 graus Celsius nas áreas montanhosas do estado de Mérida (oeste), e as temperaturas máximas, após o meio-dia, próximas a 41 graus nos estados de Zulia (oeste), Falcon (noroeste), Miranda (centro), Anzoategui (nordeste), Bolívar (sul), bem como nas planícies ocidentais e centrais.
– Essas altas temperaturas, somadas a dias consecutivos sem chuvas e à forte radiação solar, aumentam o risco de propagação de incêndios florestais em 75% no país – acrescentou.
O Inameh declarou que esse risco é registrado especialmente em Zulia, sul de Táchira (oeste), norte de Trujillo (oeste), Delta Amacuro (leste), Bolívar, Amazonas (sul), centro-oeste, planícies ocidentais e centrais.
A Venezuela sofreu uma forte temporada de chuvas em 2022, que causou danos de intensidade variável a cerca de 14 mil casas e causou, pelo menos, a morte de 94 pessoas.
*EFE