A Polícia Federal (PF) prendeu seis pessoas na manhã desta quarta-feira, 3. Segundo a corporação, as prisões ocorreram em razão da Operação Venire, deflagrada para investigar suposta “associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação” contra a covid-19 em sistemas mantidos pelo Ministério da Saúde.
Um dos alvos da operação foi o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não foi detido. Segundo o ex-presidente, agentes da PF fotografaram os cartões de visita dele e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Além disso, o aparelho celular do ex-presidente foi apreendido.
As prisões em decorrência da Operação Venire, de acordo com o site G1, foram efetuadas contra o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência da República, e dois ex-seguranças do ex-presidente: o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o policial militar Max Guilherme.
Secretário de cidade do RJ está entre os presos pela PF
O sargento Luís Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid na Presidência da República, também foi detido pela PF. A lista de presos na operação se completa com o secretário de Governo da prefeitura de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Além das seis prisões preventivas, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão. A Operação Venire foi deflagrada no Rio de Janeiro e em Brasília.
“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”, afirma a Polícia Federal, em nota divulgada em seu site oficial. “As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar ‘milícias digitais’, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.”