Polícia quer que ex-ministro devolva valores recebidos durante o período na prisão
A Polícia Federal (PF) notificou o ex-ministro Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, para que ele devolva todo o salário que recebeu no período em que esteve preso — entre janeiro e maio deste ano.
A cobrança aconteceu na semana passada, mas foi noticiada nesta quinta-feira, 27, pelo jornal O Globo e confirmada por Oeste. No total, o valor chega em quase R$ 88 mil. Conforme a polícia, os valores foram recebidos “indevidamente”, pois ele estava em prisão preventiva.
No documento, a polícia estabelece o prazo de 30 dias para que Torres efetue o pagamento, mas ainda concede 15 dias para que o ex-secretário conteste a medida.
Em nota, a defesa de Anderson Torres informou que vai recorrer da cobrança no prazo legal. “Vamos seguir o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que, no período referente a prisão preventiva, não é permitida a suspensão ou a cobrança da remuneração recebida pelo servidor público”, comunicou.
O ex-ministro do governo Bolsonaro é delegado da PF e recebe uma remuneração bruta (sem descontos) de cerca de R$ 30 mil.
Torres é investigado por suspeita de conivência e omissão com os atos de depredação que aconteceram em 8 de janeiro, em Brasília, quando comandava a secretaria de Segurança do Distrito Federal — por isso, ele foi preso.
Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, concebeu a liberdade provisória a Torres, mas impôs algumas restrições.
Fonte: Revista Oeste
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