As afirmações foram feitas ao jornal O Globo e à revista Veja
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-assistente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmou sua participação em um esquema de venda de joias e presentes no exterior e identificou Bolsonaro como o principal instigador desses crimes. Essas revelações foram confirmadas por Cezar Bitencourt, advogado de Cid, em conversas com os a Veja e O Globo.
Após as evidências coletadas pela Polícia Federal, Cid decidiu assumir responsabilidade, indicando que executou as vendas nos EUA, repatriou o dinheiro em espécie para o Brasil e entregou pessoalmente a Bolsonaro. Ele argumentará que estava apenas seguindo as ordens do ex-presidente, segundo afirmações de seu advogado.
Em relação à hierarquia, Bitencourt disse à Veja: “A relação de subordinação no funcionalismo público, especialmente entre militares, é muito mais acentuada”.
Em conversa com O Globo, o advogado revelou que Cid se disporá a dar um novo testemunho à Polícia Federal, reforçando que agiu sob as diretrizes de Bolsonaro. Bitencourt destacou: “O compromisso dele é com a verdade”.
Sobre a venda de relógios de luxo nos EUA, o advogado indicou que o dinheiro, de fato, pertencia a Bolsonaro e que a transação poderia ser classificada como contrabando. Bitencourt também tem planos de se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, para discutir a confissão de Cid, visando a uma potencial redução de pena.
Bitencourt indicou que seu cliente é uma vítima da situação e que os militares, às vezes, também seguem ordens injustas ou ilegais.
Fonte: Hora Brasilia
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