Ação conjunta das secretarias de Saúde e Administração identificou mais de 25 potenciais focos do mosquito em propriedades particulares
As secretarias de Saúde e Administração de Búzios, em ação conjunta, usam imagens de drone para combater a dengue. De acordo com a Prefeitura, a iniciativa possibilitou a identificação de mais de 25 potenciais focos de mosquito em propriedades particulares. Os locais incluem piscinas, caixas d’água sem tampa e hidromassagens sem cobertura.
O mapeamento aéreo ocorreu em janeiro, na região central da cidade. Sendo assim, a ideia é estender o procedimento a outros pontos. A equipe do setor de inventário da secretaria de Administração fez o mapeamento para regularização de imóveis. No entanto, ao identificar as piscinas sem tratamento, acionou a Vigilância em Saúde e apresentou o trabalho. Dessa forma, o objetivo foi contribuir com informações que direcionassem a uma ação de combate mais eficaz.
O engenheiro Wagner da Cunha, responsável pelo mapeamento, explicou que a análise da quantidade de piscinas com potenciais focos de criadouros de mosquito levou em consideração a observação direta e os dados georreferenciados coletados.
“Das 240 piscinas identificadas, 25 apresentam condições que favorecem a proliferação de mosquitos com água parada e falta de manutenção. A delimitação da área foi baseada no raio de atuação do vetor, que é de 300 metros ao redor de cada uma das 25 piscinas. A localização exata dos imóveis, através do georreferenciamento possibilitou a criação de um mapa da área de risco potencial”, detalhou o engenheiro.
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A partir disso, a coordenadora da Vigilância em Saúde, Camila Nunes, informou que foi possível enviar a equipe de endemia até os endereços. “Os agentes de endemia colocam larvicida nesses locais e analisam a área pra saber se há outros possíveis focos”, esclareceu.
O secretário de Saúde, Jorge Diniz, afirmou que o monitoramento por drone continuará nas áreas ainda não alcançadas. Entre elas, estão bairros do segundo distrito e os morros do Pontal do Atalaia, da Cabocla e da Boa Vista. Além disso, a iniciativa deve atingir imóveis fechados, cujo acesso do agente de endemia é difícil. A secretaria também produz uma campanha publicitária para sensibilizar os proprietários.
Nesse sentido, Diniz destacou as ações diárias de combate ao mosquito transmissor da dengue: “desde dezembro do ano passado, instituímos diversas ações de enfrentamento às arboviroses. Entre as principais, estão os mutirões de inspeção e tratamento dos focos, desinsetização nos ralos e bueiros, inspeção e tratamento nas embarcações”, disse o secretário.
Além disso, Jorge pontuou que os agentes também trabalham na desinsetização em pontos estratégicos. Entee eles, cemitério, depósitos de carros, ponto de reciclagem e nas unidades escolares. “A secretaria de Saúde também divulgou vídeos educativos nas redes sociais e realiza capacitação contínua dos profissionais da saúde, agentes comunitários de saúde e agentes de endemia”, pontuou.
Panorama da dengue em Arraial do Cabo
De acordo com o último boletim, desta segunda-feira (19), em janeiro de 2024 Arraial do Cabo teve sete casos de dengue. Destes, três eram munícipes e quatro, pacientes de outras localidades. Do total de amostras que o município enviou ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN-RJ), 23 deram negativo e 45 permanecem sob investigação laboratorial.
Enquanto isso, em fevereiro, os testes confirmaram dois casos de dengue em Arraial. Um paciente é de Arraial do Cabo e o outro, de Minas Gerais. Na Região dos Lagos, Cabo Frio e Araruama são municípios que se destacam no aumento de casos da doença neste ano.
Fonte: FonteCerta
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