O ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a Secretaria Nacional do Consumidor, órgão ligado à pasta que ele chefia, contra o Google, para apurar suposta prática abusiva da big tech contra o Projeto da Censura.
Dino se manifestou depois de o movimento extremista Sleeping Giants acusar o Google de usar ferramentas da big tech para “atacar a (sic) PL e o Twitter deslogando a conta das pessoas pra (sic) atrapalhar”.
Em nota, a empresa informou que, nas últimas semanas, se manifestou de “forma pública e transparente” pela não aprovação do Projeto da Censura. A big tech também disse ter investido em campanha de marketing, por meio de anúncios em jornais e redes sociais. “Temos explicado os riscos, que consideramos legítimos”, comunicou.
O Google inseriu um link que direciona o internauta para um artigo contra o Projeto da Censura na página inicial do buscador. O chamado “Projeto de Lei (PL) das Fake News” deve ser votado nesta terça-feira, 2.
Intitulado O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil, o texto afirma que o projeto pode aumentar a desinformação no Brasil. Isso porque as big techs ficariam impedidas de excluir publicações jornalísticas com informações falsas. “Uma das consequências indesejadas, por exemplo, é que o PL acaba protegendo quem produz desinformação, resultando na criação de mais desinformação”, constata o artigo, escrito por Marcelo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil.