Liderança do movimento comercializa peças aos moradores que vivem em condições precárias
Em uma fazenda invadida pela Frente Nacional de Luta (FNL), localizada no município de Rosana, no interior de São Paulo (SP), o movimento vende camisetas a R$ 25. A roupa é personalizada com o logotipo da FNL. A informação foi divulgada logo após uma diligência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).
A Oeste, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator do colegiado, explicou que conversou com alguns invasores sobre a venda de camisetas. “Me disseram que o movimento vende as peças para eles ‘espontaneamente’”, declarou o parlamentar. Os moradores do local vivem em condições precárias.
O local foi invadido há dois anos pelo movimento aliado do MST. A propriedade continua invadida. Em vídeos obtidos por Oeste, é possível observar o local, que era produtivo, extremamente sujo. A maioria das casas construídas para os moradores da invasão é feita usando tábuas de madeira e lonas.
“Gente muito humilde sendo manipulada por agitadores políticos e oportunistas querendo obter vantagens financeiras”, disse Salles ao descrever a situação das pessoas que moram na propriedade invadida.
Não há um consenso sobre o número de invasores. Os líderes locais dizem que são 200 pessoas, mas os parlamentares contaram apenas 50 entre crianças e adultos.
Na fazenda, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MG) gravou o que seria um “centro de reuniões”, com várias fotos e frases de grandes líderes da esquerda, como Nelson Mandela, Che Guevara, Vladimir Lenin e Karl Marx.
Ao lado de mais sete integrantes do colegiado, Salles iniciou as primeiras diligências da CPI do MST nesta manhã, na cidade de Presidente Prudente, no interior de SP.
Os deputados federais começaram os trabalhos pela manhã na delegacia regional de Presidente Prudente para coletar informações sobre as invasões do MST ocorridas na região do Pontal do Paranapanema — que abrange 32 municípios do Estado.
Na delegacia, foram colhidos depoimentos de quatro pequenos produtores rurais que tiveram suas propriedades violadas. Foi justamente no posto em que as investigações sobre as invasões avançaram.
Fonte: Revista Oeste
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