Os presidentes Lula e Alberto Fernández vão se reunir na tarde desta terça-feira, 2, para acertar os detalhes da abertura de uma linha de crédito entre o Brasil e a Argentina. A fonte do financiamento será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A ideia é estabelecer um “crédito de exportação” via BNDES, que vai oferecer ajuda às empresas brasileiras que vendem para as companhias da Argentina e que importam serviços e mercadorias do Brasil.
Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, fez o anúncio durante uma entrevista à GloboNews, que foi ao ar ontem.
Segundo o governo federal, a necessidade da linha de crédito tem um agravante neste ano, por causa de uma seca no país vizinho, que reduziu em 40% as exportações, uma perda de aproximadamente US$ 20 bilhões.
“A gente vem discutindo há algum tempo o que a gente chama de crédito para exportação”, disse o secretário, sobre a ajuda do BNDES à Argentina. “Na verdade, é um financiamento às empresas brasileiras que vendem para a Argentina, e são essas empresas que importam serviços e mercadorias do Brasil.”
Ajuda do BNDES à Argentina se deu em virtude da situação econômica
Depois de muitos anos de peronismo, ditaduras e, sobretudo, dos últimos anos do kirchnerismo, o país começou a caminhar para o abismo. Os dados econômicos mais recentes mostram que a pobreza chegou a cerca de 50% da população. Quase 70% das crianças menores de 13 anos são pobres e têm comprometido o desenvolvimento cognitivo.
Em 2001, o país tinha 2,5 milhões de pessoas trabalhando para o Estado (nos Três Poderes e nas três esferas). Dois milhões de pessoas recebiam ajuda social, e o país tinha 6 milhões de trabalhadores com registro em carteira. Pouco mais de 20 anos depois, os números só pioraram: 4,5 milhões de pessoas trabalham para o Estado, 22 milhões recebem alguma ajuda social e apenas 5,8 milhões trabalham com registro em carteira.