Grupo invadiu propriedades no domingo 14 como parte das ações do “Abril Vermelho”
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informou que as suas áreas invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Petrolina (PE) são destinadas a pesquisa e à preservação do bioma caatinga.
“A Embrapa reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos, está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação”, afirmou a estatal, em nota.
As áreas da Embrapa Semiárido foram invadidas no domingo 14 como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o chamado “Abril Vermelho”. Até agora, há registro de 24 invasões em 11 Estados.
A Embrapa esclareceu que uma das áreas já havia sido invadida em 2023 pelo MST. Nessa propriedade, há terras agricultáveis e de preservação do bioma caatinga. “Nessa área, o uso contempla trabalhos de conservação e multiplicação de sementes e mudas de cultivares lançadas pela Embrapa; produção de plantas forrageiras para alimentação dos rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos que são utilizados nas pesquisas para a pecuária do Semiárido; áreas de reserva para alimentação dos animais na forma de silos; experimentos com frutas, em particular o umbuzeiro, e outras sob irrigação; estudos relativos à diversidade das espécies da
Caatinga, subsidiando estratégias de conservação e manejo”, detalhou a estatal.
Há também o espaço destinado para a realização do Semiárido Show, evento voltado à agricultura familiar, informou a Embrapa.
MST invadiu área experimental da caatinga, diz Embrapa
A segunda área, conforme a Embrapa, é utilizada pela Embrapa Semiárido há mais de 40 anos em regime de comodato, sendo de posse da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Segundo a empresa, o espaço que foi invadido pelos integrantes do MST “corresponde à parte do Campo Experimental de Caatinga destinada ao manejo dos rebanhos, particularmente ao pastejo em área de vegetação natural, associado ao regime de criação extensiva”, esclareceu.
Por fim, a Embrapa defendeu a ideia de que o uso das áreas e a realização de experimentos em terras destinadas à pesquisa é fundamental para a geração de tecnologias voltadas à agropecuária.
Fonte: Revista Oeste
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