Após a megaoperação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro se reuniu com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para explicar as ações das forças de segurança e rebater críticas sobre a condução da operação, considerada a mais letal da história do estado.
O encontro em Brasília
Durante a reunião, Castro afirmou que a chamada Operação Contenção foi uma resposta “proporcional e necessária” diante de uma facção fortemente armada, que atuava em áreas de mata no Complexo da Penha e no Complexo do Alemão.
Segundo ele, o objetivo era “neutralizar uma ameaça narcoterrorista” e evitar o avanço de grupos criminosos em direção à cidade.
Castro destacou que a ação seguiu princípios de legalidade e moderação, e que houve um esforço para preservar vidas de civis, concentrando os confrontos em áreas menos habitadas.
“Nenhum civil foi morto”, diz governador
O governador declarou a Moraes que, além dos quatro policiais mortos, não há registros de vítimas civis:
“Não há notícias de óbitos referentes a indivíduos não pertencentes à organização narcoterrorista”, afirmou Castro.
A declaração, porém, contrasta com informações levantadas por entidades civis e órgãos públicos, que indicam até 132 mortos, número ainda em apuração.
Críticas e repercussão internacional
Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, classificaram o episódio como uma “ação de massacre” e pedem investigação independente sobre possíveis execuções sumárias.
Protestos ocorreram em comunidades como Vila Cruzeiro, com moradores denunciando violência excessiva e falta de transparência nas investigações.
Veículos internacionais, como The Guardian, The Washington Post e Al Jazeera, repercutiram o caso e compararam a operação à de Jacarezinho, em 2021, que havia sido a mais letal até então.
Disputa política e responsabilidades
Nos bastidores, há troca de acusações entre governo estadual e federal.
O estado alega ter solicitado apoio logístico das Forças Armadas, o que teria sido negado; já fontes do governo federal afirmam não ter recebido nenhum pedido formal.
O caso será analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou a preservação de provas e relatórios da operação.
Panorama
- 121 mortos confirmados (número ainda em atualização)
- 4 policiais entre as vítimas
- Operação ocorreu em 28 de outubro
- Ação mobilizou mais de 500 agentes
- Denúncias de execuções e abuso policial em investigação
Fontes consultadas:
Gazeta Brasil, Agência Brasil, The Guardian, Reuters, The Washington Post, Al Jazeera, Le Monde, Human Rights Watch.














































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